27 de setembro de 2017
24 de setembro de 2017
Uma Nova Vida - Capítulo 3
- Será que a Clara gosta mesmo do Erick, ou eu to ficando doida? Bem, seja lá o que for, eu acho que o Erick gosta de mim, então eu preciso me preocupar só com isso.
Dois anos se passaram. Malu, Clara e Erick já tinham quatorze anos, quase quinze. Clara continuava morrendo de ciúmes dos amigos, sempre se oferecendo para ir com eles em todo lugar. Quem via os três juntos até dizia que eram amigos inseparáveis, mas no fundo Clara queria ter algo com Erick. E Malu sempre tomava o maior cuidado para não deixar a amiga se aproximar demais do menino.
Certo dia, depois da aula, Clara ligou para Erick:
- Oi Erick, tudo bem? Eu posso passar aí na sua casa?
- Pode sim, mas pra quê?
- Eu to me sentindo sozinha. Tentei falar com a Malu,
mas ela não me atende, então pensei em conversar com você.
- Ela não te atendeu? Que estranho, hoje ela estava
normal na escola... lembra?
- Sim, mas ela deve estar ocupada agora.
Clara foi à casa de Erick e se ofereceu para fazer um
lanchinho para os dois. Erick disse que não precisava, já que a empregada
estava em casa, mas ela insistiu. Enquanto lanchavam, Clara pegou o celular e
começou a fotografar os dois.
- O que você está fazendo?
- Vamos tirar umas “selfies”? Assim eu me sinto
melhor.
- Tá, mas até agora você não me disse por que estava
triste.
- Eu não disse que estava triste, mas me sentindo
sozinha. Meu avô só fica enfiado nos papéis o dia todo, cuidando de negócios.
- Certo. E a Malu, vamos na casa dela?
- Mas... e se ela estiver ocupada?
- Eu te garanto que para mim ela sempre arruma um
tempinho, quer apostar?
- Não, não precisa. Vamos lá então, todo poderoso!
Erick e Clara tocaram o interfone. A mãe de Malu
atendeu e quando soube que era o Erick, foi logo abrindo a porta. Ela ficou
surpresa ao vê-lo em companhia de Clara, e disse:
- Ah, oi, pensei que estivesse sozinho. Entrem!
Clara mostrou um “sorriso amarelo” e entrou. Malu
desceu as escadas correndo e abraçou os amigos.
- Que surpresa! O que fazem aqui?
- A Clara disse que... – começou Erick.
- Eu fui visitar o Erick e tivemos a ideia de passar
aqui. – interrompeu Clara.
Malu achou estranho sua amiga ter ido visitar Erick
primeiro. E agora ela ficara com medo dessas visitas se tornarem frequentes.
Mas, como era uma menina educada, ela simplesmente sorriu e respondeu:
- Ah, que bom! Vamos para o meu quarto.
Clara puxou Erick, que não gostou e empurrou a mão
dela. Malu pegou na mão de Erick e eles se olharam, sorrindo.
Essa relação amigável dos três já estava ficando
esquisita. Malu sabia que sua amiga gostava de Erick, mas ela não queria dizer
nada, porque sabia que Erick gostava mais dela do que de Clara. Erick nunca
havia demonstrado interesse algum por Clara, o que deixava Malu mais tranquila.
Faltavam poucos dias para o aniversário de Malu. Seus
pais estavam preparando uma linda festa, como ela nunca tivera antes de se
mudarem para aquela casa. E pensaram que uma festa de quinze anos para uma
menina deveria ser muito especial.
Malu planejara dançar valsa com Erick, mas Clara
ainda não sabia. Ela só soube na hora, pois Malu fez questão de fazer surpresa.
O pai de Malu, como sempre, ficou de cara amarrada a festa inteira, vendo sua
filha de papo com Erick. Clara reclamou:
- Eu devia saber! Só podia ser o Erick, o grande par
da Malu. A minha festa está chegando, e eu também quero dançar com ele.
Logo após a valsa, Erick chamou Malu num canto:
- Malu, eu já disse que você está maravilhosa hoje?
Malu sorriu envergonhada. Ele continuou:
- Quer fugir comigo para debaixo da árvore?
- Ah, mas vamos deixar os convidados aqui?
- Eles nem vão perceber, tá todo mundo se divertindo.
Erick puxou Malu pelas mãos. Clara os seguiu e viu
tudo.
Embaixo da árvore, Erick disse:
- Tenho medo de dizer isso por causa da nossa
amizade, que é muito importante para mim, e não quero que acabe por nenhum
motivo, mas... você quer ser minha namorada? Mesmo que seja escondido.
Malu sorriu e respondeu “sim”. Uma música romântica
começou a tocar tão alto na festa, que dava para ouvir do lado de fora. E eles
finalmente, e lentamente, se beijaram. Foi o primeiro beijo dos dois. Malu não
ouviu mais música nenhuma. Ela mal sentia seus pés e parecia estar flutuando. O
mesmo aconteceu com Erick. Eles estavam muito apaixonados.
Clara não sabia se sentia raiva ou tristeza. Ela foi
para o jardim e se escondeu perto da piscina. Ela tentou segurar, mas acabou
chorando. A mãe de Malu viu a menina sozinha e foi falar com ela:
- O que aconteceu, florzinha?
- Não foi nada.
- Não quer me contar? Eu já tive a sua idade.
- Foi a sua filha que me fez chorar. Ela está aos
beijos com o Erick lá fora, embaixo da árvore.
- Entendi, eu já sofri por meninos na sua idade, sei
como é. Depois eu converso com a Malu.
A mãe de Malu foi conferir. Ao sair de casa, viu
Erick e Malu abraçados, saindo do lote. Ela ficou aliviada de não ver os dois
aos beijos, como Clara havia dito e decidiu que falaria com a filha após a
festa.
- Meu Deus, quanto escândalo a Clara fez! Eles estão
tão bonitinhos juntos!
A festa terminou às três da manhã. Malu dormiu como
um anjo e sonhou com Erick. Assim que amanheceu, a mãe de Malu foi até o quarto
da menina levar seu café-da-manhã:
- Filha! Acorda!
- Ah nem, mãe! Deixa eu dormir mais um pouquinho...
- Tudo bem, desde que você me conte o que aconteceu
ontem na festa entre você e Erick.
Malu deu um pulo da cama e até perdeu o sono.
- Eu e o Erick? Você viu? – perguntou ela, sem graça.
- Filha, eu não vi nada, por isso estou perguntando.
- Tá, mas então como soube que aconteceu algo?
- Sua amiga Clara me contou, mas eu gostaria de ouvir
isso de você.
- Aquela fofoqueira! Que mania de bisbilhotar tudo o
tempo todo! – respondeu Malu, irritada.
20 de setembro de 2017
Puzzlerama: treine seu cérebro
Hoje trouxe uma dica bem legal de jogo para você instalar em seu tablet/celular android. É um jogo super completo. Falo isso porque eu mesma jogo e simplesmente amo! Adoro joguinhos desse tipo e nesse posso jogar 10 joguinhos; cada jogo tem vários níveis de dificuldade, e em cada dificuldade existem vários níveis. Ou seja, você se diverte por muito tempo, sem ver esse tempo passar.
17 de setembro de 2017
Uma Nova Vida - Capítulo 2
- Olha, é pra você. Essa pode ser a nossa árvore. E
sempre que você quiser sentar em algum lugar pra refletir, ou pra ouvir os
pássaros, é só vir aqui.
- Obrigada, Erick! – Malu sorriu e deu-lhe um beijo
no rosto – Acho que eu preciso ir agora. Daqui a pouco anoitece e meus pais já
devem estar voltando pra casa.
- Tudo bem.
- Ah, semana que vem vou convidar a Clara pra nadar
lá em casa. Ela
me pediu isso a semana toda, mas eu só fico enrolando.
- Então eu posso ir também?
- Claro! Você já teve amigas, ou só amigos?
- Eu não converso muito com as meninas. Você é a
minha primeira amiga. A Clara já falou comigo algumas vezes, mas eu não fui
muito com a cara dela.
Malu deu uma risadinha e se despediu de Erick.
A avó de Erick disse:
- Você gosta mesmo dessa menina, hein?
- Gosto muito, vó. Queria que minha mãe estivesse
aqui para conhecê-la.
- Eu sei, meu amor, mas sua mãe deve estar muito
ocupada lá no interior com os novos negócios do seu pai. Qualquer dia desses
você pode convidar a Malu pra passear por lá.
Na segunda-feira, Clara foi falar com Malu no recreio
da escola:
- Eu vi você saindo da casa do Erick, no sábado.
Parece que seu fim de semana foi ótimo, né?
- Foi sim! Como você sabe?
- Você tá toda sorridente. Pelo visto você preferiu
ficar na casa do Erick do que me chamar pra nadar.
- Não, foi ele quem me convidou e chamou meus pais
também para almoçar lá. Ah, mas não fica chateada, porque sábado que vem você
pode nadar na minha casa.
- Vou pensar. Nem to mais com tanta vontade.
- Que pena, porque ia ser muito divertido. O Erick
também vai.
- O Erick vai?
Malu percebeu que Clara havia mudado sua fisionomia
de repente.
- Eu... Vou pensar e te falo mais tarde.
Malu olhou desconfiada para Clara. Clara realmente não podia perder aquele sábado na casa de Malu,
simplesmente porque Erick estaria lá. E Malu passou o resto da aula pensando
nisso.
À tarde, Erick chamou Malu para conversar embaixo da
árvore. Ele reparou em Malu e disse:
- Você tá estranha hoje, meio distante. Foi alguma coisa que eu te
fiz? Malu... olha pra mim...
- Não, Erick, desculpe. – Malu pegou na mão do
menino. – É a Clara. Ela realmente é estranha, concordo com você.
- O que ela te fez?
- Nada, eu também não fui muito com a cara dela, mas
eu entendo que ela deve ter seus motivos para ser assim. É só isso.
- Que bom que tá tudo bem entre a gente... porque
eu to morrendo de vontade de nadar na sua casa no sábado. Vamos tirar uma foto
nossa? – disse Erick, pegando seu celular no bolso.
Os dois passaram a tarde rindo, conversando e tirando
várias fotos. A mãe de Malu chegou em casa e a viu do outro lado da rua. Ela chamou a filha:
- Malu! Vem pra casa! Você sabe que horas são?
Erick olhou, assustado, as horas no celular e disse:
- É melhor irmos mesmo. Já passou da hora do lanche.
Minha avó deve estar sentindo a minha falta.
- Tudo bem. Tchau, Erick! Ah, depois vc me conta
sobre os seus pais, tá!
Eles se abraçaram e, naquele momento Malu não viu nem
ouviu mais nada. Sua mãe continuava chamando. Ela entrou em casa e seu pai
reclamou:
- Posso saber onde você estava até agora?
- Estávamos embaixo da árvore.
- Como assim, estávamos?
- Eu e o Erick ficamos conversando e acabamos
esquecendo a hora. Ele me contou que gosta muito de desenhar e me deu alguns
desenhos, olha!
Malu mostrou ao pai os desenhos que Erick havia lhe
dado.
- Foi só isso mesmo?
- E o que mais poderia ser, pai?
- Nada não, deixa pra lá – respondeu o pai e foi para
o quarto, furioso.
Sábado chegou. Malu mal conseguiu dormir naquela
noite, mas mesmo um pouco cansada, ajudou sua mãe a organizar a casa e a
preparar as receitas do almoço. Seria um dia inesquecível. A menina não parava
de andar, de um lado para o outro.
- Filha, por que está tão inquieta? – perguntou o pai
de Malu, incomodado.
- Ah, querido, deixa a menina! – intrometeu a mãe, e
continuou – É a primeira vez que ela convida seus amigos para passar o dia
conosco. É normal essa ansiedade.
O interfone tocou. Malu correu para atender a porta.
Era Erick e ela lhe deu um abraço.
- Que bom que você veio!
- Mas eu disse que vinha, por que achou que não?
Eles riram e correram para o jardim, onde ficava a
piscina. A mãe de Malu foi até lá e cumprimentou o menino. O pai de Malu estava
na sala lendo jornal e, da janela, apenas acenou.
- Seu pai parece ser bravo.
- Ele só não está num bom dia. Ah, e também ficou
furioso por causa daquele dia na árvore, lembra que eu te contei na escola?
- Até hoje ele está com raiva? Nossa! E a Clara, não
vem?
- Ela disse que ia pensar e me dava a resposta
depois, mas como ela não disse nada, eu escrevi meu endereço num papelzinho, na
escola, e entreguei pra ela. Não sei se ela vem. Enquanto isso, vamos beber um
suco?
- Claro, obrigado!
Erick pegou o copo da mão de Malu, olhando bem fundo
nos olhos dela. E, curioso, perguntou:
- Você já teve algum amigo, ou só amigas? Eu também
fiquei curioso.
- Eu... bem, lá onde eu morava conheci alguns meninos
que brincavam na rua com as meninas e na escola também, mas nenhum era tão
especial quanto você – respondeu ela, sorrindo.
Clara finalmente chega e interrompe os dois:
- Oi gente! Demorei? Estava preparando uns “muffins”
para trazer.
- Humm, adoro “muffins”! Minha avó faz um de cenoura
que é uma delícia! – disse Erick.
- Que bom, agora eu já sei do que você gosta! –
respondeu Clara.
Malu convidou seus amigos para nadar. Os três pularam
na piscina e inventaram várias brincadeiras. Na hora do almoço, a mãe de Malu
chamou-os para a mesa. Clara fez questão de sentar ao lado de Erick.
- Posso? – perguntou.
- Se faz tanta questão, por mim tudo bem – ele
respondeu.
Quem não gostou nada disso foi Malu. Seu pai percebeu
que ela estava morrendo de ciúmes e achou melhor deixar como estava; afinal,
sua filha era muito nova para se apaixonar por alguém. Malu, para não deixar o
clima menos agradável começou a fazer perguntas:
- Erick, e os seus pais? Onde estão?
- Eles se mudaram para o interior há dois anos. Sinto
muito a falta deles... – os olhos do menino se encheram de lágrimas.
- Ah, me desculpe, mas eu já estava curiosa há dias.
Não consegui me segurar – disse Malu.
- Não tem problema, Malu, como você ia adivinhar? O
meu pai usou quase todo o dinheiro que ele tinha para abrir algumas lojas e
investiu o restante do dinheiro em hortas e pomares para a minha mãe cuidar.
Ela é ótima com isso! E ele sempre sonhou em morar no interior e ter seu
próprio negócio.
- Entendo, mas por que você não foi com eles?
- Eu não me dou muito bem com meu pai. Ele sempre foi
muito durão e quando soube que eu queria ser desenhista não deu a mínima. Disse
que preferia que eu fosse um grande médico ou advogado, que isso é que era
profissão de rico. Já a minha mãe adorou e me deu todo o apoio. Eu sempre faço
alguns desenhos bem legais e envio pra ela, por correio. Sinto mais falta dela
do que dele. Ou melhor, não sinto falta dele...
- Então você preferiu ficar aqui com os seus avós?
- Claro, aqui é o meu lugar! Eu não preciso seguir o
meu pai nos sonhos dele. O que eu quero está aqui, e eu também aproveito para
fazer companhia e cuidar dos meus avós.
- Você é um bom menino, Erick – disse a mãe de Malu.
Clara sorriu para ele, que virou o rosto, olhando
para Malu. A mãe de Malu levantou-se, foi para a cozinha e voltou com um pudim.
- Hora da sobremesa! Vocês gostam de pudim de
chocolate?
- Claro! – respondeu Erick – Eu amo tudo o que é de
chocolate!
Clara apenas fez “sim” com a cabeça.
- Erick, qual é a sua comida favorita? – perguntou
Malu.
- É a lasanha de berinjela da minha avó. Nem a minha
mãe consegue fazer igual.
- Hummm, Lasanha! Eu também amo massas! – disse Malu
– E você, Clara?
- O que tem eu?
- Gosta de comer o quê?
- Purê de batata gratinado.
- Nossa, nunca experimentei. Deve ser bom!
Erick interrompeu:
- Malu, por que não vamos ficar debaixo da nossa
árvore? A Clara pode ir também, se quiser.
- Nossa árvore? – perguntou Clara, confusa.
- Na verdade é minha e do Erick, e é lá onde passamos
muitos momentos bons. Fica no lote ao lado da casa dele, do outro lado da rua.
- Eu sei onde é a casa dele. Mas por que vocês têm
uma árvore?
Embaixo da árvore, Erick começou a desenhar. Clara
sentou-se na entrada do lote, num toco que havia por lá.
- Vou desenhar a minha mãe pra você ver como ela é
linda – disse ele.
Clara, sentindo-se excluída, intrometeu:
- Ô Erick, por que você vive me evitando, hein? Eu
sou amiga da Malu, poxa.
- Calma, Clara! Ninguém tá te evitando – disse Malu.
- Mas é o que parece. Tudo ele só fala com você, só
mostra pra você... ah! E olha, Malu, ele já me evitava mesmo antes de você
chegar, parece que me odeia.
Erick ficou sem graça e se desculpou com a menina. Clara
sorriu, dizendo:
- Tudo bem, Erick, você está desculpado!
Alguns minutos depois, o desenho havia ficado pronto.
- Vejam, meninas! Esta é a minha mãe, não é bonita?
- Nossa, ela é muito linda mesmo! Você teve a quem
puxar – disse Malu, sorrindo meio sem graça.
- Ela é bonita, sim, Erick. Vocês dois têm sorte de
ter uma mãe, mesmo a sua, Erick, morando longe.
- Você não tem mãe? – perguntou Malu.
- Não, meus pais morreram quando eu tinha menos de
dois anos. Sofreram um acidente.
- Credo, que coisa horrível! Eu sinto muito...
Clara cansou de falar sobre aquilo e se irritou com
Malu, dizendo com grosseria:
- Tá, tudo bem! Eu nem sei como é viver com os pais.
Então não faz diferença, não precisa ter pena de mim...
- Não estou com pena de você, mas você deve sentir
falta deles.
- Como vou sentir falta de algo que nunca tive e nem
sei como é! E fique sabendo que o meu avô cuida direitinho de mim e me dá tudo
o que eu quero. Eu sempre tive tudo o que quis e nunca me falta nada.
Erick e Malu se olharam entristecidos.
No final da tarde, o avô de Clara chegou para
buscá-la. Ela abraçou Erick e Malu e entrou no carro. Malu comentou:
- Coitada dela, acha que é feliz só porque é rica. Eu,
pelo menos, sempre fui feliz sem ter luxo.
- É claro que ter tudo o que quer é muito bom, mas
ela nem deve ser feliz de verdade, parece que falta carinho, amor, sei lá...
Bom, eu também tenho que ir.
Malu deu um abraço bem apertado em Erick. Depois que
o menino foi embora, ela correu para o quarto. Sua mãe foi falar com ela:
- Filha, posso entrar?
- Oi mãe, pode sim. O que foi?
- Me diz uma coisa. Você está gostando do Erick?
- Bem... acho que sim. Deu pra perceber?
A mãe fez que sim com a cabeça.
- Ah, mãe, pensa bem! É impossível não gostar dele.
Além de lindo, fofo e inteligente, é super educado, um cavalheiro!
- Meu Deus, quantas qualidades! Então tá, eu só
queria saber. E eu quero dizer também que pode contar comigo, eu aprovo vocês
dois juntos e...
- Mãe! A gente nem tá junto ainda...
- Ainda, né! E toma cuidado com o seu pai, você sabe
como ele é. Não vai gostar nada dessa história, viu? Mas se depender de mim o
segredo fica guardado.
Malu abraçou a mãe, que lhe deu um beijo de boa
noite.
O domingo foi chuvoso e Erick não pôde visitar Malu.
Ela passou o dia mexendo no notebook. Mais tarde eles entraram no chat e
conversaram pela webcam.
- Oi Erick! Que dia chato. O que você tá fazendo de
bom?
- Bem, eu não estava fazendo nada bom, até você me
chamar! Meus avós estão jogando cartas e eu estava lendo um pouco.
- Hum, pensei que estivesse desenhando.
- Eu desenhei mais cedo. Deixa eu pegar aqui pra te
mostrar e... pronto! Esta é você, o que achou?
Malu, mais uma vez, ficou encantada. Erick fazia cada
desenho mais lindo que o outro.
- Eu amei! Mas está mais bonito do que eu sou de
verdade! – riu Malu.
- Claro que não, eu fiz o desenho do jeitinho que eu
te vejo. E não precisa ficar envergonhada, olha pra mim...
Malu levantou a cabeça e Erick sorriu pra ela.
- Se eu pudesse, ficaria aqui o resto do dia só
olhando para você.
- Ah, para, Erick! Deixa de ser bobo!
- Mas eu sou bobo mesmo. Vou ter que ajudar a minha
avó a preparar o jantar. A empregada tá de folga hoje e meu avô anda de
bengala, nem pode ficar muito tempo em pé.
- Tadinho! Eu vi ele andando de bengala quando fui
almoçar aí.
Os dois deram uma risadinha. Malu se despediu de
Erick e começou a imaginar se eles ficassem juntos, como seria. E então veio a
imagem da Clara em sua mente, e pensou:
- Será que a Clara gosta mesmo do Erick, ou eu to
ficando doida? Bem, seja lá o que for, eu acho que o Erick gosta de mim, então
eu preciso me preocupar só com isso.
13 de setembro de 2017
Hábitos que prejudicam o sistema imunológico
Depois de pegar virose várias vezes em poucos meses, fui pesquisar sobre a diminuição da imunidade no corpo. Quando nosso corpo está com o sistema imunológico prejudicado, muitas doenças como viroses, herpes, alergias respiratórias podem ocorrer; pois são exemplos de doenças em que a pessoa é portadora, mas ela só se torna ativa no corpo se a imunidade estiver baixa. Então, para evitar que isso prejudique você, eu trouxe algumas dicas que vi no site Os Benefícios. Confira:
10 de setembro de 2017
Uma Nova Vida - Capítulo 1
Malu havia se mudado para uma casa maior, com piscina
e quarto de hóspedes. O bairro era bem tranquilo e arborizado, lembrando os
bairros mais nobres dos Estados Unidos. A avó de Malu havia falecido, deixando
uma boa herança para a família. Era seu primeiro dia na casa nova e Erick, seu vizinho
fora lhe dar as boas vindas. Malu atendeu a porta:
- Oi, quem é você?
- Sou Erick e moro na casa da frente. Aquela verde
ali! – respondeu o menino, apontando para o outro lado da rua.
Sua casa era uma das maiores e ele morava ali desde
que nascera. Erick era loiro, de olhos azuis e, assim como Malu, tinha doze
anos.
Malu era morena de olhos verdes e cabelos castanhos.
- Ah, que legal, eu sou a Malu. Muito prazer em conhecê-lo. Quer
entrar?
- Bem, minha avó me pediu que eu trouxesse esses bolinhos
de chuva. Seja bem vinda à sua nova casa, Malu!
Malu, enquanto pegava a bandeja das mãos de Erick,
olhava encantada para o menino. A mãe de Malu foi até a porta cumprimentá-lo:
- Olá, mocinho. Como vai?
- Oi, como vai a senhora? Sou Erick, vim dar as boas
vindas. Quando vi que minha nova vizinha era tão encantadora, não resisti e
quis conhecê-la. Mas eu preciso ir, senhora.
- Mas já? Vamos entrar!
Erick estava sem graça e olhou para Malu, dizendo:
- Eu tenho que ir. A gente se vê na escola amanhã.
Deve ser a mesma escola que eu estudo, é a única do bairro.
- Ah, deve ser mesmo! Tchau, Erick, obrigada pelos
bolinhos que sua avó fez!
Malu ficou admirada, nunca tinha visto um menino tão
educado naquela idade. Talvez porque ele fora criado num ambiente diferente
daquele em que Malu
vivera. A casa onde ela vivia anteriormente tinha apenas cinco cômodos, e Malu
vivia na rua, brincando descalça com as amigas. Erick mal saía de casa. Bem, as
coisas iriam mudar.
No dia seguinte, na escola, Malu ainda não havia conhecido
ninguém. Até que uma menina de sua turma foi falar com ela.
- Oi, seu nome é Malu mesmo, ou é algum apelido?
- É Malu. E o seu?
- Sou Clara. Sento lá na frente, porque detesto
bagunça no fundo da sala.
Clara tinha a pele clara, cabelos negros e olhos em
tom esverdeado. Era uma aluna exemplar. Malu se empolgou e começou a conversar
com a colega, antes que a professora chegasse.
- Você mora aqui perto da escola?
- Sim, e você? Veio de onde?
- Eu me mudei ontem pra cá. Minha casa é amarela e
tem uma piscina enorme!
- E qual casa não tem piscina por aqui?
Malu percebeu que Clara era bem mais esperta do que
ela imaginava, e se afastou. Clara disse:
- Peraí! A sua casa é em frente à casa do Erick? Mas
é sortuda, hein! Como eu queria morar lá. Sua casa estava à venda desde o ano
passado.
- E como você conhece o Erick?
Em instantes, Erick entrou na sala. Malu abriu um
sorriso enorme e foi falar com ele.
- Erick! Você é da minha sala?
Erick olha envergonhado para seus colegas e diz à
Malu:
- Oi, Malu, é o que parece, mas não precisa gritar.
Tá todo mundo rindo de você.
Malu olhou ao redor e viu que Clara também ria.
- Desculpe. Eu fiquei contente que vamos estudar
juntos, afinal você é a única pessoa que eu conheço nesta escola.
Erick sorriu. Clara percebeu que algo poderia estar
acontecendo entre os dois. Ela sentia muito ciúme dele. Clara gostava de Erick,
mas nunca tinha dito nada a ninguém. Ele nem podia imaginar. Erick olhava diferente para Malu,
mas Malu não havia percebido. Então, no recreio, Clara foi puxar conversa com
Malu.
- E aí, Malu! Tá gostando da nova escola?
- To sim. Você estuda aqui há muito tempo?
- Desde o primeiro ano. E o Erick, como vocês se
conheceram?
- Ah, ele foi à minha casa ontem para dar as boas
vindas e levou uns bolinhos deliciosos que a vó dele fez.
- Hum... Que legal. Depois você me convida pra nadar
na sua casa?
- Ué, mas você não disse que também tem piscina?
- Sim, mas você disse que a sua é enorme... A gente
aproveita e faz amizade.
- Você não tem amiga? – perguntou Malu, espantada.
Clara não se dava bem com as outras meninas, porque
tinha ciúme de quase todas. Ela crescera com o avô; seus pais haviam falecido
quando ela ainda era bebê. O avô de Clara a mimava o tempo todo; comprava tudo
o que ela queria, mas não tinha mais energia para brincar nem dar muita atenção
para a menina. Ela era sozinha e talvez fazer amizade com Malu poderia ajudá-la
a se tornar uma pessoa melhor.
Erick vinha em direção as duas com uma maçã na mão:
- Oi, Malu, quer uma maçã?
- Ah, quero sim, obrigada. Quer se juntar a nós?
Senta aqui!
Clara olhou para Erick e sorriu, dizendo:
- É, senta aqui!
Erick sentou-se ao lado de Malu e perguntou:
- Como está sendo seu primeiro dia de aula aqui?
- Bem legal. Já tenho dois amigos, você e a Clara.
Malu pegou na mão dos dois. Clara soltou a mão da
menina e ficou olhando para as mãos de Erick e Malu, bem juntinhas.
Erick percebeu que Clara olhava e segurou mais firme.
Clara puxou Malu, dizendo:
- Vamos ao banheiro!
- Mas... o Erick...
- Anda logo, Malu!
Erick não entendeu a reação de Clara. Por que será
que ela não suportou ver os dois de mãos dadas?
No banheiro, Malu perguntara à sua nova amiga por que
ela havia feito aquilo. Mas Clara não podia contar a ninguém que morria de
ciúmes do Erick, principalmente pra Malu, que estava cada vez mais perto dele.
Ela teria que bolar um jeito de conquistar Erick, sem ninguém desconfiar.
Talvez essa amizade com a “queridinha” do menino fosse a maneira ideal de se
aproximar dele.
No final da aula, Clara foi correndo falar com Malu:
- E então, quando vou conhecer sua casa?
- Preciso falar com os meus pais primeiro.
- Aposto que o Erick já conhece.
- Não, minha mãe o convidou pra entrar, mas ele não
quis. Depois eu marco pra vocês dois irem nadar lá, tá?
- Ok, queridinha. Beijinhos, viu?
Clara deu às costas à nova amiga. Erick chegou por
trás de Malu e lhe cobriu os olhos.
- Adivinha quem é?
- É o Erick, claro!
Malu virou-se rapidamente para trás e Erick sorriu
para ela. Aquele instante parecia único, e tudo o que estava ao redor dos dois
desapareceu. Malu não parava de olhar para Erick, quando ele interrompeu:
- Vamos para casa? A propósito, minha avó está convidando você e sua família para almoçar lá em casa no próximo sábado.
- Sério? Ah, vamos sim! Quer dizer, se minha mãe
concordar...
Durante a tarde, Malu terminou sua lição de casa e
foi tomar um ar em volta da piscina. Ela estava mesmo gostando de Erick. Mas
tão rápido assim? Pelo menos ela não parava de pensar no sorriso daquele
garoto. Mal sabia Malu que Clara também gostava dele.
E no sábado seguinte, como se previa, a família da
Malu foi almoçar na casa de Erick. Todos se divertiram bastante, principalmente
Erick e Malu, que quase não saíam da piscina. Eles aproveitaram para conversar
e contar sobre suas vidas.
- Eu gosto de desenhar. Sempre que tenho um tempinho
eu desenho alguma coisa. Quer ver alguns dos meus desenhos?
Erick e Malu foram para a biblioteca da casa, onde Erick
guardava seus desenhos. Malu ficara encantada com todos aqueles desenhos.
Pareciam profissionais.
- Você faz curso de desenho?
- Não. Eu aprendi sozinho. Fui tentando copiar alguns
desenhos e acabei gostando. Tive uma ideia! Você quer ir comigo na rua ver uma
coisa?
- Mas e os nossos pais? Vão deixar?
- É rapidinho, eles nem precisam ficar sabendo.
Erick puxou Malu pelo braço e saíram correndo até a
rua. Eles entraram no lote vazio, que ficava ao lado da casa do menino. Quando
Malu olhou para cima, viu uma árvore imensa, com um tronco reto e uns galhos
retorcidos. As folhas eram de um tom de verde incomum.
- E então? Gostou? Essa é minha árvore favorita. No
outono fica ainda mais bonita. Senta aí.
Malu sorriu. Os dois passaram vários minutos sentados
embaixo da árvore, até que a avó de Erick começou o chamou. Ele novamente
puxou Malu e os dois entraram correndo pela porta dos fundos.
- Oi, vó, o que aconteceu?
- Onde vocês estavam? Tá na hora do lanche. Os pais
da Malu têm compromisso mais tarde e precisam se despedir.
- Ah... já? – disse Malu – Eu estava gostando tanto
de ficar aqui.
- É, vó! A Malu pode ficar mais? Os pais dela podem
ir.
Eles insistiram tanto que os pais de Malu deixaram a
menina passar o resto da tarde com seu amigo. Erick presenteou Malu com um
desenho da árvore.
- Olha, é pra você. Essa pode ser a nossa árvore. E
sempre que você quiser sentar em algum lugar pra refletir, ou pra ouvir os
pássaros, é só vir aqui.
5 de setembro de 2017
Série: Uma Nova Vida
Olá! Hoje eu lhe apresento a nova série que estou escrevendo: Uma Nova Vida. É uma história de amor, o gênero que eu gosto de escrever! A cada semana postarei um novo capítulo. Espero realmente que você goste e compartilhe com suas amigas. Se quiser, deixe um comentário também.
3 de setembro de 2017
Sua felicidade é você quem faz
O texto que trouxe hoje é bem curtinho, mas eu precisava escrever. Depois que assisti ao filme "Enquanto houver amor" pensei no assunto, já que a personagem principal do filme escrevia um livro, e várias vezes ela pensou que ninguém acharia interessante a história.
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