Se você buscar na memória, certamente vai se lembrar de
alguma história que já lhe contaram... bonita, interessante e que sugeria um
aprendizado... Quer sejam os tradicionais contos de fadas ou as parábolas de
importantes personagens na história da humanidade, toda boa história tem uma
moral. Pois saiba que o seu dia é uma história, uma das muitas que fazem e
farão parte da história maior, de uma
história exclusiva e fascinante, do grande livro que é a sua vida, assim como a
de cada um de nós. Se pensarmos em nosso dia como uma história, podemos ainda
imaginar que as pessoas que passam por nossas vidas, a cada dia, nos inspiram.
Umas mais, outras menos.
Algumas de forma mais tranquila ou envolvente; outras
de maneira mais ríspida ou desagradável. Mas não podemos nos esquecer de que toda
história tem “mocinhos” e “bandidos”, inclusive a sua! Muitas reflexões podem
ser feitas a partir desta imaginação. E uma vez que você é o autor da sua
história, sabe que pode mudar o rumo dela quando quiser, sempre respeitando as
características e a atuação dos demais personagens, é claro! Você pode começar
se perguntando se, ultimamente, tem sido o “mocinho” ou o “bandido” e que
espaço ou importância tem dado para cada personagem...
e quanta beleza, quanta fantasia, quanto amor ou aventura tem colocado em seu
enredo...
Essa “brincadeira” pode ser muito interessante. Tenho uma amiga que diz que
sempre imagina que o Harrison Ford a está admirando o tempo todo, por alguma
fresta da janela ou da porta ou mesmo escondido num cantinho do quarto onde ela
dorme. Assim, ela está sempre atenta aos detalhes. Ao acordar, coloca um bonito
robe, toma café na xícara e se comporta com elegância... Durante o dia, mantém
o “ar” de atriz e procura se adequar às situações “com dignidade”, como ela
mesma gosta de explicar. Pode parecer uma bobagem, mas esteja certo de que essa
postura – a de se tornar o personagem principal de uma bonita história (ou de
um filme, se você preferir), pode mudar a sua forma de enxergar o seu dia e a
sua atuação nele. Escolha o seu enfoque preferido: ação, aventura, humor,
romance, enfim, dê o seu toque pessoal e faça o seu melhor, a fim de que a sua
história seja instigante, envolvente e possa, acima de tudo, ensinar
algo de positivo para aqueles que participam – direta ou indiretamente – dela.
E depois de um dia inteiro de atuação, levando em conta os passos anteriores,
atentando para os detalhes e para as diversas maneiras que você tem ao seu
alcance, a fim de se tornar um “autor” mais consciente e mais envolvido com a
sua própria história, faça uma análise. Tome para si o papel de crítico, mas
não aquele que está empenhado em simplesmente expor o que aconteceu de
negativo. Seja um crítico amigo. Seja ético e justo. Exalte as qualidades e os
defeitos. Analise os piores e os melhores momentos. Reflita sobre o seu
comportamento e lembre-se: ainda que você tenha tomado alguma atitude da qual
se arrependeu ou que termine concluindo que poderia ter agido de uma maneira
melhor, há sempre um lado positivo em tudo o que acontece. Use essa atitude que
você considerou inadequada para aprender algo de bom.
Olhar para a nossa própria história, ou seja, para o dia que acabamos de viver
é uma ótima maneira de nos tornarmos mais preparados para o dia seguinte.
Quando estamos atentos e interessados no que acontece conosco, no que sentimos
e pensamos e ainda em como agimos com as pessoas e com a gente mesmo diante das
circunstâncias, fica mais fácil nos respeitarmos e nos sentirmos satisfeitos
com a vida que temos levado. Pois ainda que a flexibilidade seja um sinal de
inteligência, até as condições que nos colocam (ou que nós mesmos nos
colocamos) devem estar de acordo com o que desejamos da vida, não é?! E isso
nada mais é que redigir a vida no indicativo... E quanto ao imperativo, esteja
certo de que você deve ser – sempre, em todas as circunstâncias – o autor da
sua história, o diretor do seu filme, o rei do seu palácio, enfim, o “dono do
seu barraco”, porque é somente dessa forma que você pode se responsabilizar
pelos acontecimentos e ter autonomia para transformar o que não lhe
agrada.
E, no final de toda essa análise, eis o seu grande desafio: descobrir qual a
moral da sua história, qual é a moral desse dia! Apegue-se aos fatos
relevantes, mas lembre-se dos detalhes, pois muitas vezes eles nos dizem muito
mais do que as maiores atitudes. E aprenda a sua lição, pois assim, amanhã você
será uma pessoa ainda melhor do que foi hoje; e o seu dia, será ainda mais
feliz!
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