Que a gente se encontre. Mais uma vez. E mais uma. E mais
uma. E tantas outras que os números não consigam nem mensurar. Que 900 trilhões
sejam pouco: que você sorria mais. Para o mundo, para cada dia que passa, para
cada dia que vem. Para mim. Que sorria na minha boca. Assim, meio sem avisar,
fazendo os meus lábios sentirem seus dentes úmidos e boicotando aquele beijo
que a gente geralmente ensaia quando o silêncio irrompe. E que a gente saiba lidar com ele. Sem achar que silêncio
seja, necessariamente, monotonia. Sem ignorar que, enquanto nossos olhos dançam
um sobre o outro, é o silêncio que reina. Entendendo, enfim, que silêncio
confortável é o verdadeiro sinônimo de intimidade. Que do nosso amor a gente
não tenha dúvidas mesmo no silêncio. Porque amor pode ser declarado em uma
expressão de três palavras e sete letras. Mas vale muito mais quando você se
preocupa com o meu prazer. E em saber como foi o meu dia. E em me deixar
confortável até mesmo em meio a um lamaçal. E quando você me acha linda logo
depois de acordar, descabelada e com a cara amassada.
E falando em acordar, que eu possa continuar sendo a
espectadora privilegiada do maior espetáculo que esse planeta Terra há de
comportar: você acordando. Aquela dificuldade mortal de abrir os olhos mais
lindos que os meus já cruzaram. Aquela manha, aquela preguicinha que nem vinte
litros do mais poderoso café espantariam em menos de vinte minutos. Aquele
sorriso indescritível que você dá quando percebe que acordou ao meu lado.
Que a gente vá para o Caribe. E para a Tailândia. E para
Maragogi. E para a lua. Mas que nenhum lugar desse mundo seja melhor do que o
seu corpo quente. E magrinho e pequeno e branquelo. E tão harmonioso, que
parece que foi feito a mão. Aliás, que nunca nos faltem mãos. Para um cafuné,
para uma cosquinha, para um dar ao outro. Para deslizar incontrolavelmente por
sobre nossos corpos e por debaixo das nossas roupas. E que, enquanto estivermos
dentro de um quarto, nossas roupas estejam mais no chão do que nos vestindo. Só
pra não perder o costume.
Que a gente se apaixone um pelo outro todos os dias. Mesmo
quando a gente discordar. Mesmo quando você estiver de camiseta furada e
manchada de cândida. Mesmo quando eu estiver numa daquelas minhas crises de
choro só porque tá tocando uma música bonita no rádio. Mesmo quando o meu
Palmeiras enfrentar o seu São Paulo. Mesmo quando o riso for escasso, porque é
dia de dividir tristeza. Mesmo quando for improvável, que a gente se tire pra
dançar mais uma vez na roda da vida.
E se é utópico pedir que a gente nunca brigue, que pelo
menos isso nunca aconteça numa segunda de manhã, quando a gente,
invariavelmente, já está mais triste por ter que ir embora. Mesmo sabendo que a
gente se gruda de novo dentro de poucos dias. Em
abraços-e-beijinhos-e-carinhos-sem-ter-fim, em tardes preguiçosas debaixo de um
cobertor, em noites ébrias dançando coladinho.
E que essa ainda seja a primeira página de um caderno com
mais incontáveis páginas em branco. Que é pra gente escrever, a quatro mãos, a
história que a gente quiser. Sem fadas, sem lobos-maus, sem chapeuzinhos. Mas
com muito eu, com muito você, com muito nós. Com muito mais dessa coisa
gostosa. Que se chama amor.
Que a gente se encontre. Mais uma vez. E mais uma. E mais
uma. E tantas outras que os números não consigam nem mensurar. Que 900 trilhões
sejam pouco: que você sorria mais. Para o mundo, para cada dia que passa, para
cada dia que vem. Para mim. Que sorria na minha boca. Assim, meio sem avisar,
fazendo os meus lábios sentirem seus dentes úmidos e boicotando aquele beijo
que a gente geralmente ensaia quando o silêncio irrompe.
E que a gente saiba lidar com ele. Sem achar que silêncio
seja, necessariamente, monotonia. Sem ignorar que, enquanto nossos olhos dançam
um sobre o outro, é o silêncio que reina. Entendendo, enfim, que silêncio
confortável é o verdadeiro sinônimo de intimidade. Que do nosso amor a gente
não tenha dúvidas mesmo no silêncio. Porque amor pode ser declarado em uma
expressão de três palavras e sete letras. Mas vale muito mais quando você se
preocupa com o meu prazer. E em saber como foi o meu dia. E em me deixar
confortável até mesmo em meio a um lamaçal. E quando você me acha linda logo
depois de acordar, descabelada e com a cara amassada.
E falando em acordar, que eu possa continuar sendo a
espectadora privilegiada do maior espetáculo que esse planeta Terra há de
comportar: você acordando. Aquela dificuldade mortal de abrir os olhos mais
lindos que os meus já cruzaram. Aquela manha, aquela preguicinha que nem vinte
litros do mais poderoso café espantariam em menos de vinte minutos. Aquele
sorriso indescritível que você dá quando percebe que acordou ao meu lado.
Que a gente vá para o Caribe. E para a Tailândia. E para
Maragogi. E para a lua. Mas que nenhum lugar desse mundo seja melhor do que o
seu corpo quente. E magrinho e pequeno e branquelo. E tão harmonioso, que
parece que foi feito a mão. Aliás, que nunca nos faltem mãos. Para um cafuné,
para uma cosquinha, para um dar ao outro. Para deslizar incontrolavelmente por
sobre nossos corpos e por debaixo das nossas roupas. E que, enquanto estivermos
dentro de um quarto, nossas roupas estejam mais no chão do que nos vestindo. Só
pra não perder o costume.
Que a gente se apaixone um pelo outro todos os dias. Mesmo
quando a gente discordar. Mesmo quando você estiver de camiseta furada e
manchada de cândida. Mesmo quando eu estiver numa daquelas minhas crises de
choro só porque tá tocando uma música bonita no rádio. Mesmo quando o meu
Palmeiras enfrentar o seu São Paulo. Mesmo quando o riso for escasso, porque é
dia de dividir tristeza. Mesmo quando for improvável, que a gente se tire pra
dançar mais uma vez na roda da vida.
E se é utópico pedir que a gente nunca brigue, que pelo
menos isso nunca aconteça numa segunda de manhã, quando a gente,
invariavelmente, já está mais triste por ter que ir embora. Mesmo sabendo que a
gente se gruda de novo dentro de poucos dias. Em
abraços-e-beijinhos-e-carinhos-sem-ter-fim, em tardes preguiçosas debaixo de um
cobertor, em noites ébrias dançando coladinho.
E que essa ainda seja a primeira página de um caderno com
mais incontáveis páginas em branco. Que é pra gente escrever, a quatro mãos, a
história que a gente quiser. Sem fadas, sem lobos-maus, sem chapeuzinhos. Mas
com muito eu, com muito você, com muito nós. Com muito mais dessa coisa
gostosa. Que se chama amor.
(Bruna Grotti)
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