Eles se despediram, pois já estava ficando tarde e a mãe de Malu já havia aparecido na porta do quarto várias vezes mandando desligar o notebook, antes que o pai dela visse e arrumasse uma confusão por nada.
No dia seguinte, um novo aluno entrara na turma dos
três. Seu nome era Leandro e Erick já o conhecia desde os onze anos, quando seu
pai fez amizade com o pai de Leandro. Erick ficou feliz em rever o amigo, que
agora estudaria com ele.
Leandro morava em outro bairro, mas viera estudar
nesta escola, pois era mais perto do trabalho de seu pai, que o levaria e
buscaria todos os dias.
Erick e Leandro conversaram muito durante a aula. No
recreio, Erick chamou Leandro para ficar com ele e Malu. Clara, de novo, fez
questão de desaparecer. Parecia que ela queria que Erick notasse e sentisse sua
falta. Ele até ficava um pouco preocupado, mas não a ponto de querer procurar
por ela, pois só poderia estar em algum lugar da escola.
- Oi Malu, meu nome é Leandro, mas você pode me
chamar de Lê. É assim para os mais chegados.
- Então, Lê, a Malu é minha namorada – disse Erick.
- Ah, beleza. Esse é seu nome mesmo ou apelido?
- É meu nome – respondeu ela, sorrindo.
Leandro trocou olhares com ela. A sorte foi que Erick
estava justamente olhando para o outro lado. Leandro havia ficado paralisado
com o sorriso de Malu. Qual menino não ficaria? O sorriso brilhante da menina
ofuscava os olhos de todo mundo. Malu olhou para Erick e perguntou:
- O que você está procurando?
- A Clara, eu queria perguntar se ela vai ao meu
jantar hoje. Eu convidei o Lê e pensei que se ela aparecesse, poderia ficar de
papo com ele, assim eles não ficariam de “vela” do nosso lado.
- Ah, amor, bem pensado. Então, Lê, a Clara é nossa
amiga, ela é bem linda, viu! Mas ela gosta de sumir pela escola de vez em
quando – disse Malu rindo.
Leandro percebeu que Malu queria “empurrar” a menina
pra cima dele e ele até se empolgou, pensando:
- Se o sorriso dela for como o da Malu eu aceito!
A tarde demorou passar. Erick foi para o curso de
desenho. Clara não havia aparecido ainda. Malu ficou vendo TV, até chegar a
hora de se arrumar para o jantar na casa do namorado.
Chegara a hora do jantar. Malu estava linda! Ela atravessou a rua e tocou o interfone. Erick atendeu:
- Malu, você está simplesmente incrível! Entre!
Ela lhe deu um abraço e entregou-lhe o presente.
Os avós de Erick estavam na sala esperando os
convidados. Malu os abraçou e depois foi com Erick até o quarto para abrir os
presentes.
- Espero que goste do que eu comprei. Eu não sei
escolher presente, principalmente porque você é meu namorado e teria que ser
uma coisa bem especial.
- Não, Malu, – riu Erick e continuou – você não
precisava se preocupar em me dar nada. Você é o meu presente e só de você estar
aqui comigo já é o suficiente.
Erick abriu seu presente. Era um estojo com uma
caneta e uma lapiseira, bem chique por sinal. E dentro do estojo havia também
um cartão perfumado, onde Malu dera um beijo de batom e escreveu em letras bem
grandes: “Eu te amo, Erick! Feliz aniversário! De sua sempre Malu.” Eles se
beijaram.
Minutos depois, o interfone tocou novamente. Era
Clara, e Erick desceu as escadas para recebê-la. Clara sorriu para ele e lhe deu
um abraço bem apertado.
- Oi Erick, meus parabéns! Trouxe este presente, não
sei se vai te agradar.
Malu estava no quarto de Erick, olhando a
escrivaninha, cheia de desenhos feitos por ele. Ela desceu as escadas para ver
quem havia chegado.
Ao ver que Clara conversava com Erick bem pertinho
dele, ela simplesmente ignorou-os e sentou-se no sofá, junto com os avós dele. Erick
a chamou. Clara fez cara feia, mas Malu foi correndo ficar com o namorado. Malu
cumprimentou a amiga.
- Oi Clara. O Leandro deve estar quase chegando.
- E quem é Leandro?
- Ele é meu amigo de infância. Aquele novato da nossa
sala, lembra? – disse Erick.
- Ah sei, então você são amigos? Entendi... mas e
daí?
Erick deixou pra lá e não quis explicar. Ele levou as
duas para seu quarto e abriu o presente de Clara. Era uma camisa de manga
comprida, toda listradinha.
- Achei que ficaria legal em você.
- Obrigado. É muito bonita, sim.
Malu ficou olhando pela janela, enquanto Erick e
Clara olhavam os outros presentes que ele havia ganhado.
- Quem te deu tudo isso?
- Foram os meus avós, e meus pais enviaram estes aqui
pelo correio.
- E por que eles não vieram te ver?
- Eles estão sempre ocupados – respondeu ele,
entristecido.
Os três ficaram sentados na varanda do quarto de
Erick, ouvindo música. Leandro só chegou meia hora depois, dizendo que havia
ficado perdido.
- Eu nunca vim aqui sozinho. Meu pai não pôde me
trazer, então eu peguei um ônibus e tive que quebrar a minha cabeça pra
conseguir chegar – disse ele, e riu.
- Beleza, cara! Ainda bem que você conseguiu chegar.
Acho que o jantar já está servido, vamos para a mesa?
Durante o jantar, Clara não parava de olhar para
Erick, que só tinha olhos para Malu. Leandro achara Clara bonita e atraente,
mas ela quase não sorria, e isso era algo que ele admirava nas mulheres; para
ele, era fundamental. Malu quebrou o silêncio:
- E então, Lê. O que você achou da Clara?
Clara olhou desconfiada para Malu. Leandro respondeu:
- Ela é linda.
- Por que vocês estão falando de mim, hein?
- Ah, Clara, não se preocupe. Nós íamos apresentar
vocês na escola, mas como você sumiu, eu e a Malu comentamos com o Lê que você
talvez viesse na minha casa hoje. Então ele ficou doido pra vir te conhecer.
Nós elogiamos você!
- Ah, elogiaram? Que bom! Então tudo bem – Clara
sorriu e Leandro finalmente pôde ver seu sorriso.
gostei heheh
ResponderExcluirmy blog :)
sohprahsaber.wixsite.com/soprasaber
Obrigada! ♥ Vou ver seu blog ;)
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